Missão África: Estudantes de medicina do UniBH realizam atendimento no Benin
26 / Fevereiro / 2025
Futuros médicos e voluntários oferecem consultas, distribuem medicação e orientam em saúde para população vulnerável.
A Inspirali em parceria com a ONG Sementes da Saúde realiza a segunda edição da Missão África, que busca oferecer cuidados médicos a comunidades em situação de vulnerabilidade, além de levar medicamentos arrecadados por meio de campanhas nas redes sociais. Alunos, egressos e professores do curso de medicina do UniBH e integrantes de outras IES do Grupo Ânima embarcaram para Benin, onde realizam atendimento médico gratuito para a população.
A médica egressa do UniBH, Gabriella Mourão, que integra a equipe, explica como acontecem os atendimentos. “No Benin não tem sistema público de saúde, nossos tratamentos dependem exclusivamente dos medicamentos arrecadados nas campanhas. Felizmente conseguimos uma quantidade significativa de medicação para auxiliar nossos atendimentos”.
Durante 15 dias, os missionários realizarão, além de consultas médicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, palestras, orientações e cuidados preventivos, ações de conscientização em saúde nas cidades de Adjarra e Ganvie, aplicando os conhecimentos adquiridos em sala de aula e em outras experiências voluntárias, como nas Missões Amazônia, Rio Grande do Sul e Jequitinhonha. Na África, os desafios são ainda maiores, já que as equipes lidam com altas temperaturas, escassez de recursos e realizam cerca de 500 atendimentos diários, inclusive aos fins de semana.
Para Lucas Martins, estudante do 9º período de medicina, diversas experiências serão vivenciadas. “É uma missão que envolve uma grande quantidade de atendimentos, a expectativa são 3 mil pacientes atendidos. Vamos desenvolver diversas habilidades, isso nos capacita muito tanto como ser humano quanto como profissional”, afirma.
Para os futuros médicos essa é uma oportunidade singular de vivenciar na prática os desafios da profissão em comunidades vulneráveis e sem acesso gratuito à saúde.
“Participar das missões é onde eu sinto que posso fazer a diferença diretamente à vida daquela pessoa. E saber que eu, enquanto acadêmica ainda, posso ofertar cuidado e diminuir lacunas de necessidade é algo que me deixa muito realizada e muito honrada”, comenta Gleiciane Lemos, aluna do 9º período de medicina do UniBH.
Adriano Ayres, aluno do 9º período, declara que as missões têm um poder transformador para os acadêmicos. “A intensidade de uma missão humanitária equivale a seis meses de estágio. Todo médico em formação deveria ter essa experiência”.
Em sua segunda edição, a Missão África reafirma o compromisso com a transformação social, proporcionando aprendizado prático aos futuros médicos e levando atendimento a comunidades carentes. “Não só na África encontramos população em vulnerabilidade, em locais próximos vemos essa situação e nós precisamos atuar pois a medicina tem esse fator transformador social”, afirma Neoma Mendes, professora e médica de família e comunidade que compõe o grupo de missionários.
A experiência proporcionada amplia o olhar humanizado dos estudantes e os prepara para os desafios reais da profissão, conectando-os a realidades distintas.
“Muito da médica que sou hoje é em virtude das missões que eu estive, inclusive é a parte favorita da minha formação. As situações experienciadas contribuem muito para sermos melhores em todas as circunstâncias profissionais”, relata Gabriella Mourão, médica egressa do UniBH.
Texto: Letícia Seabra – Jornalista da CACAU – Comunidade de Aprendizagem e Comunicação do UniBH
Revisão: Keven Souza e Andressa Castro